No ano de 2000, um boato começou a surgir e de certa forma repercute até hoje. Em São Paulo, um consumidor entrou com um processo judicial contra uma marca de refrigerantes por supostamente ter encontrado um rato dentro da garrafa. Nos tribunais, a justiça deu vitória a empresa, indicando que a acusação do consumidor possuía forte indícios de fraude, porém só a vitória não foi capaz de remover o mito do roedor do imaginário popular. E de boatos parecidos nossa cultura está cheia: a rede de fast-food que usaria minhocas em seus hamburgueres, a montadora de motocicletas que teria feito um pacto com o diabo e até a figurinha que vinha junto do chiclete e que possuiria efeitos de entorpecente.
Se as Fake News envolvendo marcas já existiam desde 2000, antes da explosão do uso de redes sociais, imagine a quantidade de notícias suspeitas que circulam hoje. Quando algo falso aparece nas redes sociais tradicionais, como Twitter e Facebook, a atuação pode ser rápida, mas é no Dark Social, o ambiente fechado das redes, como o WhatsApp e grupos do Facebook, que a circulação é livre e a identificação muito mais difícil. Os boatos nascem todos os dias, são disseminados por pessoas reais e é importante a sua identificação antes que seja tarde.
A plataforma de monitoramento de Dark Social da Ilumeo, Hidden Insights, vem possibilitando o estudo de como as Fake News se comportam e seu reconhecimento antes delas tomarem uma proporção maior, impedindo uma crise institucional. Por meio de uma amostra voluntária de usuários de redes do Dark Social, como o WhatsApp e grupos do Facebook, e utilizando inteligência artificial, a ferramenta tem ajudado marcas a identificarem notícias falsas e, assim, orientar uma tomada de decisão mais precisa.
Utilizando as análises de Hidden Insights entre 1° de janeiro e 31 de maio de 2021, foram identificados três grandes grupos de Fake News envolvendo marcas: aquelas que utilizam marcas para aplicar golpes, as com viés de humor e, por fim, as de cunho político.
Fraudes e golpes
O primeiro grupo é o mais vasto e o difícil de identificar. Na maioria dos casos, os conteúdos vêm em forma de promoções que te levam a um site falso que busca roubar dados pessoais dos usuários desavisados. Essas ofertas estão muitas vezes associadas a produtos infantis, como lápis de colorir ou gibis, ou então prometem prêmios sofisticados, porém factíveis, como frigobares ou passagens áreas.
Fake News com viés humor
Existe um segundo grupo das Fake News que provavelmente nasceram como um conteúdo de humor e que acabam tomando uma proporção tão grande que podem começar a ser aceitas. Esses conteúdos, em teoria, são mais facilmente percebidos como falsos, por esse caráter mais absurdo, mas nunca se sabe como os destinatários vão interpretá-los. Conteúdos que circularam recentemente que se encaixam nesse grupo foram as notícias de que o novo sanduiche do Burger King teria altos níveis de estrógeno ou boatos de que a Heineken levaria a impotência sexual.
Marcas no meio de fake news políticas
As Fake News ligadas a política também acabam respingando em marcas. Algumas, por conta de seu setor de atuação, acabam se tornando alvos mais visados, como é o caso da Rede Globo, que é possivelmente a marca que mais sofre com as notícias falsas e, mais recentemente, das fabricantes de vacina como Pfizer e AstraZeneca. A menção também pode ser mais indireta, mas igualmente prejudicial. Em 2020, a Coca-Cola foi apontada em conteúdos do WhatsApp como uma das promotoras do projeto de lei 4162/2019, conhecido como o marco legal do saneamento, por um dos senadores envolvidos com o projeto ter uma associação financeira com uma das distribuidoras do refrigerante, expondo-a a uma situação sensível e de difícil resposta.
Sejam boatos mais inocentes ou golpes já criados com a pior das intenções, o risco de crises de imagem e reputação acaba sendo enorme para as marcas em razão da rapidez de propagação e dificuldade em desmenti-las. Por isso, a velocidade de encontrar as fake news e monitorá-las é tão importante.
Hidden Insights acaba sendo a ferramenta perfeita para essa atuação. Por meio do seu monitoramento das redes de Dark Social, é possível identificar as regiões ou perfis demográficos onde cada conteúdo mais circula, antecipar a alta dispersão e monitorar o seu potencial de crescimento, tornando possível a criação de um conteúdo resposta, por exemplo. Você pode agendar uma conversa com um dos nossos especialistas para conhecer melhor a plataforma clicando aqui.
Em uma época onde não se sabe ao certo o que é verdade, é melhor prevenir do que remediar.