Pesquisa da ILUMEO mostra que 60% dos brasileiros preferem interagir com assistentes virtuais por meio da voz, e destaca em quais marcas e categorias estão as maiores oportunidades.
Sobre o estudo
Assistentes virtuais por voz são tecnologias que permitem a interação entre humanos e dispositivos por meio de comandos de voz, popularizados por marcas como Alexa (Amazon), Siri (Apple) e Google Assistente. Há mais de 5 anos, a adoção desses assistentes tem crescido, influenciando hábitos de consumo e abrindo oportunidades para diferentes setores.
Para entender essa transformação, a ILUMEO conduziu um estudo, divulgado em exclusividade pela EXAME, analisando a evolução dos assistentes de voz no Brasil.
A pesquisa, que é uma atualização de outro mapeamento ILUMEO feito em 2020, foi realizada com 1.050 brasileiros de diferentes perfis socioeconômicos e regiões, e buscou identificar como o uso dessa tecnologia mudou nos últimos cinco anos.
A nova edição do estudo mapeia diversas perspectivas e hábitos de utilização da tecnologia, incluindo:
- Hábitos de uso: o uso diário de assistentes de voz mais que dobrou, passando de 18% em 2020 para 39% em 2025.
- Preferências: 60% dos brasileiros preferem interagir com assistentes por voz em vez de texto
- Oportunidades: O consumidor já espera interagir com marcas por voz, com oportunidades em segmentos como automóveis, turismo, eletrodomésticos e educação
- Inteligência Artificial: Os chats de IA generativa já são percebidos como assistentes de voz estão moldando as expectativas do consumidor
- Marcas de Assistentes: A Alexa assume a liderança e é a assistente de voz preferida dos brasileiros
Acesse o relatório completo no link.
Confira abaixo alguns dos principais achados do estudo:
1. Os assistentes entraram na rotina dos brasileiros
O número de brasileiros que utilizam assistentes de voz todos os dias mais que dobrou desde 2020, chegando a 40% dos usuários. Além disso, 70% afirmam que usam mais do que antes, evidenciando a crescente integração dessa tecnologia no cotidiano.
Hoje, os assistentes são acionados em diferentes momentos da rotina: enquanto dirigem, cozinham, trabalham e realizam outras atividades simultaneamente. Essa adaptação reflete a busca dos consumidores por interações para muito além de ligar e acender a luz sem sair do sofá da sala.
Na prática, a “onipresença” dos assistentes de voz revela que o uso não está restrito a um tipo específico de pedido, ou a um ambiente determinado. Cada ocasião de uso cria oportunidades para marcas e categorias entenderem com adaptar a jornada de compra/consumo para uma realidade cada vez mais comandada por voz.
Ou seja, em termos de marca e inovação, é relevante se questionar:
- Dentro do meu ecossistema de tecnologia, como posso moldar uma experiência por voz que seja fluida e sem atritos, para agregar valor aos consumidores que querem interagir por voz?
- E como fazer dessa tecnologia uma vantagem competitiva para minha marca?
2. Os usuários preferem voz em vez de texto
Quando perguntados sobre a forma com que preferem interagir com assistentes virtuais, a voz é predominante: 60% preferem interagir com assistentes dessa forma.
Boa parte da preferência pode ser explicada pela praticidade. Mais de 80% dos usuários acreditam que assistentes de voz são mais rápidos e práticos do que assistentes via texto. A proporção de pessoas que acham que voz é mais útil e eficaz é menor, mas ainda sim superior aos assistentes via texto.
Ou seja, por mais que ainda existam oportunidades de avanço da tecnologia, principalmente em eficácia, a preferência de utilização de voz é muito superior às interações via texto. Para marcas que trabalham com assistentes ou chats de suporte, é um indicativo de novas possibilidades de interação e diferenciais tecnológicos alinhados com as expectativas do consumidor.
3. O impacto da IA Generativa
As perguntas de Top of Mind e Awareness Espontâneo (perguntas abertas, em que o respondente indica quais marcas conhece na categoria) indicam que parte dos usuários já consideram agentes de inteligência artificial (como ChatGPT e Gemini) como assistentes de voz.
Além disso, boa parte dos usuários dessas ferramentas afirmam utilizar a IA generativa interagindo por voz – 62% dos usuários do ChatGPT e 80% dos usuários do Gemini.
Isso significa, para o presente e futuro da tecnologia, que a expectativa dos consumidores sobre assistentes de voz está mudando: tendo como base a fluidez das interações com a IA, a tendência é que os usuários exijam cada vez mais interações mais naturais e personalizadas.
4. Alexa assume a liderança entre os assistentes
A Alexa se consolidou como a grande vencedora da categoria, até o momento. Em 2020, era a terceira colocada em lembrança espontânea de marca (25%). Agora, lidera em todos os indicadores – tanto no recall espontâneo (75%), quanto na preferência do usuário.
Inclusive entre usuários de iPhone, que possuem a Siri nativamente em seus dispositivos, a Alexa se destaca como a assistente preferida. Isso reforça a força da estratégia da Amazon em tornar a Alexa uma referência na categoria, mesmo concorrendo com os assistentes disponíveis na palma da mão e a qualquer momento do dia dos consumidores.
5. Marcas e Categorias com as maiores oportunidades
O estudo também revelou em quais categorias os consumidores mais gostariam de interagir por assistentes de voz, mas que ainda não utilizam. Entre as categorias que se destacam, estão:
- Empresas de Turismo e Viagens
- Carros/Automóveis
- Educação (escolas, universidades e cursos)
- Casa e eletrodomésticos
Indo além: nessas categoria, o consumidor elencou quais marcas gostaria que implementassem a inovação. Dentre as marcas citadas, estão: Fiat, Uber, Nubank, CVC, Decolar.com e outras marcas de 17 categorias.
Confira esse e outros dados gratuitamente no relatório completo: https://ilumeo.com.br/estudos/assistentes-de-voz-2025/
Sobre a ILUMEO
A ILUMEO é uma empresa de pesquisa e inteligência de dados com foco em ROI de Marketing, que atende grandes marcas há 14 anos. São mais de 700 projetos entregues para as maiores empresas do país.
Somos formados por times multidisciplinares de especialistas com Domain Expertise em desafios de Marketing Effectiveness, com foco na avaliação estatística do retorno de investimentos em marca e performance.
Nossos sócios (Diego Senise, Otavio Freire e Felipe Senise) possuem atuações diversas no universo acadêmico.
Diego e Otávio são coautores do livro Retorno de Investimentos em Comunicação – Avaliação e Mensuração (2013). Diego Senise é professor de Estatística e Comportamento do Consumidor da ECA-USP (cursos de comunicação) e Otávio Freire é professor de Gestão de Marcas e Avaliação de Campanhas Publicitárias na EACH-USP (curso de Marketing).
