![discovery.png](https://images.squarespace-cdn.com/content/v1/5a2a067e8dd04151f6e8250d/1613559668327-57YEH62FVAV2ZJWDV29E/discovery.png)
Nas empresas, embora dados valiosos estejam disponíveis para serem coletados acabam passando despercebidos no dia a dia da operação. Neste post explicamos a importância e as etapas essenciais do processo de descoberta de dados para as organizações começarem a desbloquear o valor de seus dados.
A maioria das empresas captura e coleta muito mais informações do que imagina. Se você olhar para dentro da sua empresa, pode perceber como isso está presente de detalhes. Cada transação gera dados. A máquina que produz mercadorias gera dados ou simplesmente imprimir documentos gera dados. De cada pedido de compra a cada perda de clientes, quase tudo o que fazemos hoje pode representar uma coleta de dados em potencial.
O conceito de Big Data não surgiu do desenvolvimento repentino de um novo software. Em vez disso, cresceu a partir da expansão gigantesca de nossa capacidade de processamento para captura e coleta dados. A questão, no entanto, não é sobre os dados que temos, mas sim o que fazemos com esses dados.
Para muitas organizações, a importância de ter acesso aos dados é para consultar algum registro a qualquer momento, ou encontrar qualquer informação ou documento específico, pois estarão armazenados em algum lugar. Mas armazenamento para consulta é muito pouco perto do potencial que os dados podem gerar para qualquer tipo de negócio.
Uma das premissas da tão bem conceituada transformação digital é como as empresas usam seus dados para criar novas vantagens competitivas nos seus negócios. Capturando informações sobre cada transação concluída [por exemplo, o que foi comprado, quantidade, preço etc.], é possível medir a venda a partir de distribuidores específicos, checar o controle do estoque, o tamanho das transações e a que horas do dia ocorrem a maioria das transações. Cada uma dessas informações pode ser valiosa se for empregada de forma sistemática para extração de insights a fim de criar vantagens competitivas.
Muitas vezes, embora esses dados estejam disponíveis para serem coletados, eles acabam passando despercebidos no dia a dia da operação, principalmente se a companhia não possuir um projeto ou uma cultura orientada a dados.
Como “descobrir” dados na sua empresa?
Pensando nisso, a empresa alemã de tecnologia e dados chamada DataPine elencou em seu blog as etapas essenciais do processo de descoberta de dados para empresas começarem a desbloquear o valor dos dados dentro das empresas:
Identificar pontos de dor
O primeiro passo para trazer à tona o poder dos dados nas empresas vem na forma de descobrir os pontos fracos ou os obstáculos que a impedem de se tornar uma organização mais inteligente. Embora cada organização seja diferente e uma definição única certamente não sirva para todas, há uma série de pontos problemáticos em comum:
-
O acesso a grandes conjuntos de informações é um tanto limitado e lento;
-
Uma riqueza de dados de fontes variadas torna aparentemente impossível coletar, entender e aplicar informações não tradicionais de forma eficaz;
-
A complexidade de seus sistemas e plataformas atuais significa que os usuários gastam muito tempo com curadoria, compreensão e relatórios de dados e menos tempo usando-os para impulsionar o progresso e a inovação.
A descoberta de novos dados permite que as empresas avaliem adequadamente a imagem completa dos dados, além de fazer com que as equipes se aprofundem nessas informações para identificar os itens específicos que revelam as respostas de negócios que precisam ser encontradas.
É uma situação em que há muitos pontos positivos e benéficos, porém, uma boa organização do processo de descoberta de dados pode ser difícil de implementar, além de ser considerado um processo moroso, chato, lento e nada glamoroso de ser feito.
Charles Towers-Clark, CEO da norte-americana Pod Group e colunista da Forbes, explica em seu artigo que as empresas querem embarcar em tecnologias consideradas mais sexys, como Inteligência Artificial e automação de tudo o que por possível. E não há problema nisso, porém a melhor prática seria se os líderes de negócios impulsionassem o uso dessas tecnologias como parte de um impulso estratégico mais amplo para a transformação digital e isso significa reconhecer que não são apenas as tecnologias inovadoras que precisam ser usadas em seu potencial máximo.
“O resultado disso, em muitos casos, é que os líderes de negócios não têm ideia de quais informações valiosas e revolucionárias estão escondidas entre os dados mantidos por sua organização, e apenas uma pequena proporção desses dados está sendo devidamente aproveitada para uma maior automação e realização de melhorias atraentes e transformadoras de negócios”, analisa Charles Towers-Clark, em artigo publicado na Forbes.
Em um estudo conduzido pela Gemalto, descobriu-se que 65% das organizações não conseguem analisar ou categorizar todos os dados que armazenam dos clientes. Parte do problema é ainda depender de soluções manuais para gerenciamento de dados. Hoje, existem diversas ferramentas boas para descoberta, gerenciamento e análise de dados e não é raro nas grandes companhias encontrar esses softwares em operação. Porém, Charles alerta:
“Em última análise, porém, a “sensualidade” de categorizar todos os seus ativos de dados em um formato pesquisável depende de como sua empresa vê os dados para começar – se você não agir com base nesses dados depois que seu potencial for revelado, nada mudará em sua empresa”.
Nesse sentido, mesmo as empresas que usam bem os dados podem estar falhando em maximizar totalmente o valor dos seus ativos.
Trabalhar a descoberta dos dados, principalmente em sua fase inicial, pode ser trabalho duro, enfadonho, cansativo e mesmo chato. Porém, este trabalho sendo bem executado com sua devida importância é um grande passo para desbloquear o valor dos dados e promover uma cultura data-driven capaz de impulsionar a tomada de decisões baseada em dados e poder dizer que, realmente, a transformação digital acontece na empresa.